3.11.10

TEXTO DO MÊS (3º Ciclo)

Este mês, a professora Beatriz escolheu esta obra para que possam ler e apreciar.


O Romance de Amadis


de Afonso Lopes Vieira


Amadis de Gaula é uma obra marcante do ciclo de novelas de cavalaria da Península Ibérica do século XVI.
Este livro é a interpretação moderna, a síntese artística de uma das grandes obras antigas de fantasia que todos conhecemos (ou devíamos conhecer).
Nesta obra narram-se as proezas e aventuras do primeiro e modelar cavaleiro andante das nações peninsulares.
Este livro é recomendado no programa de Português do 8º ano de escolaridade

Alguns excertos:

(…) Voltara ao rosto de Oriana a cor viçosa, pois já dentro do corpo formoso a fé do amor derramara a graça (…)

(…) Esta varanda é alta – receava Oriana – e não poderá subir!
- Sim, subirá – afirmava Mabília, rindo – porque nós lhe daremos as mãos!
(…)

(…) Então, sustido por Gandalim e Durim, que o tinham posto nos ombros, e ajudado de cima pelas mãos de Oriana, de Mabília e da Donzela, entrou Amadis no castelo – e ficou preso num beijo à boca da bem-amada! (…)


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Biografia de Afonso Lopes Vieira

Nasceu em Leiria em 1878 e faleceu em Lisboa em 1946.
Ainda muito novo redigiu alguns jornais manuscritos, tais como A Vespa e O Estudante. Concluiu o Curso de Direito em Coimbra, deslocando-se posteriormente para Lisboa.
Em 1897 estreou-se com o livro de poemas intitulado Para Quê?, culminando a sua actividade poética, em 1941, com Onde a Terra Se acaba e o Mar Começa. Viajou por Espanha, França, Itália, Bélgica, norte de África e Brasil. Esteve ligado à Renascença Portuguesa, ao movimento saudosista, sendo um dos principais representantes do denominado neogarrettismo. Converteu para português várias obras clássicas, tendo sido pioneiro da fotografia e do cinema. Escreveu muita literatura para crianças, colaborou na revista A Águia.
Entre 1900 e 1919 foi redactor da Câmara dos Deputados, e, a partir de 1916, dedicou-se exclusivamente à literatura e à acção cultural.
Levou a cabo inúmeras tentativas de reabilitação junto do grande público (inclusivamente infantil) de um património nacional, nomeadamente clássico e medieval, esquecido, seja pela tradução (Romance de Amadis) ou divulgação de obras de autores basilares da cultura nacional (edição de Os Lusíadas; a promoção de uma Campanha Vicentina).

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