Ainda me lembro de quando era mais novinho, aí com quatro ou cinco anos, ouvir o meu querido e adorável avô contar belas histórias. Entre tantas histórias que ele me contava antes de dormir, havia uma que me deixava sempre muito pensativo.
Bem, deixemo-nos de rodeios e passemos à história.
Num fantástico palácio vivia uma princesa muito bela, que se vestia sempre da mesma maneira, apesar de ter muitos vestidos. Mas havia um que era especial – um vestido verde, com finas riscas amarelas, comprido, num tecido muito delicado.
A princesa passava o tempo no seu quarto. Gostava de andar descalça e de se deitar em cima da sua cama de colcha e cortina vermelhas. Por companhia tinha apenas o seu cão Joseph. A princesa sabia que tinha muitos pretendentes que todos os dias rondavam o castelo, na expectativa de conquistarem o seu coração, no entanto isso não a interessava. A bela princesa só tinha pensamento para o príncipe de Inglaterra, que conhecera na última viagem que fizera com o rei e a rainha, seus pais, e que prometera visitá-la um dia.
Pois esse dia tinha chegado. A princesa vestiu o vestido verde, mirou-se ao espelho, presente do príncipe, e desejou voar. De súbito, os seus pés descalços deixaram o chão encerado do quarto e desapareceu.
Até hoje, ninguém conseguiu descobrir para onde foi e porquê, apenas o espelho redondo, banhado a ouro, que permanece na parede do seu quarto, guarda a imagem da princesa com o seu belo vestido verde.
E o meu avô ficava por aqui, porque, quando chegava a esta parte da história, eu adormecia ou, então, já dormia sonhando com o belo vestido verde da princesa…
Alunos do 8º A: Madalena Lourenço, nº 9, e Miguel Marques, nº13.