O vencedor do prémio Camões deste ano, o brasileiro Dalton Jérson Trevisan, nasceu em 1925, em Curitiba, no Sul do Brasil, cidade que inspirou uma série dos seus contos e onde vive, escondido do assédio dos meios de comunicação.
Entre as muitas personagens misteriosas descritas nos seus livros, pode-se dizer que o próprio Trevisan se destaca entre as mais enigmáticas.
Recluso convicto, com enorme aversão à imprensa, sem nunca receber visitas, Trevisan ganhou a alcunha de «Vampiro de Curitiba», nome que deu título a um de seus livros mais conhecidos, lançado em 1965.
«Para se conceber um histórico de Trevisan, é preciso a habilidade das cerzideiras, cosendo retalhos aqui e ali, em uma ou outra reportagem, nas antigas e raras entrevistas», diz o texto a seu respeito, na Editora Record, responsável pela publicação das suas obras desde 1978.
Formado em advocacia, o autor chegou a exercer a profissão durante sete anos. Trabalhou ainda como repórter policial e crítico de cinema. A veia literária, porém, falou mais forte. [...]
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