Era assim que se sentia o pobre Joseph, sozinho.
A sua dona tinha saído apressada para a escola, o seu amigo Cristhopher, o gato, já tinha ido caçar com a namorada, e a sua amiga andorinha tinha partido para lá das fundas águas do Atlântico. Com o seu pai há muito que não podia brincar. Já era um cão velhote, cansava-se facilmente ou nem chegava mesmo a levantar-se.
Naquele dia em particular, sentia-se como se tivesse perdido a esperança de voltar a ter amigos com quem se divertir e uma dona sempre por perto a dar-lhe guloseimas.
Triste, enroscou-se para dormir, quando sentiu qualquer coisa brilhante a cair do céu. Assustado, Joseph recuou. A estrela disse-lhe suavemente:
- Estou aqui para te levar a viajar pelo mundo. Eu sei que não és feliz aqui, por isso, anda…
Joseph interrompeu-a bruscamente:
- Não posso deixar aqui o meu pai e… - hesitou – os meus amigos!
- Claro que podes. Sê feliz, afinal já passaste tanto – disse a estrela.
- Mas… e o meu pai?! – balbuciou Joseph preocupado.
- Ele fica bem – descansou-o a estrela – agora é a tua vez!
Com toda a sua força, Joseph agarrou-se à cauda da estrela e voou. Correu mundo, e todos dizem que foi feliz.
Madalena Lourenço, nº 9, 8ºA
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