3.12.10

“Sentia-se cada vez pior. Agora nem a cabeça sustinha de pé. Por isso, encostou-a ao chão, devagar.”

Passava horas na praia. Sempre tentou lutar para que esse sofrimento não a consumisse, mas a saudade era tanta e aquela imagem sempre na sua cabeça que a dor tornava-se insuportável.
Naquela tarde, como em tantas outras, foram até à praia. Ele amava o surf e ela sentava-se na areia a admirá-lo.
Naquela tarde, de repente, deixou de o ver. Como ele não aparecia, pediu ajuda. Entraram no mar e trouxeram-no, caído, sem forças. Deitou a cabeça sobre o seu peito e sentiu que o tinha perdido.
Como era difícil viver com tal dor - não poder tocar-lhe, não o ver sorrir. No fundo, continuava com ela em cada momento, em cada lágrima, mas não o poder sentir era terrível.
Passava horas na praia. Deitava a cabeça, devagar, na areia e sonhava com ele.






Débora Soares, nº 6, 8ºC

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